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17/11/2021
Operação identifica risco de incêndio em prédios públicos que usaram fiação irregular no ES
Unidade de Saúde e Pronto Atendimento em Cariacica foram interditados pela Prefeitura. Em Vila Velha, uma creche prestes a ser inaugurada usou fios irregulares na obra.
A quarta fase da Operação Elétron, que investiga a fabricação e a comercialização de materiais elétricos irregulares no Espírito Santo e em outros estados do país, foi deflagrada nesta terça-feira (16).

Nesta fase, foram encontrados problemas em três prédios públicos na Grande Vitória, dois deles em Cariacica: o Pronto Atendimento (PA) e a Unidade de Saúde (US) do bairro Flexal, ambos interditados pela prefeitura por tempo indeterminado.



Pronto Atendimento e Unidade de Saúde do bairro Flechal em Cariacica foram interditados pela prefeitura por tempo indeterminado - Foto: Reprodução/TV Gazeta
Um prédio residencial de 67 apartamentos em Cariacica também apresentou o uso de fiação irregular. No local, imagens feitas por moradores mostram um interruptor preso à tomada. De acordo com o Instituto de Pesos e Medidas, o prédio corre o risco de pegar fogo.

Já em Vila Velha, uma creche em construção, também utilizou fiação irregular na obra. A Prefeitura foi informada do problema, mas não interditou o local.



Luzzano é a empresa investigada por fabricar e comercializar fios irregulares - Foto: Reprodução/TV Gazeta
"Vou entrar em contato diretamente com a construtora para saber quais são os riscos, qual providência ela pretende tomar. Vamos fazer uma assembleia no condomínio e expor essa questão. Sobre o que fazer agora, vamos conversar com área jurídica do condomínio e tentar resolver diretamente com a construtora. Caso não tenha, vamos procurar as medidas cabíveis, juntamente com a comissão", declarou o síndico do condomínio, Daniel Sarnaglia.

As investigações também confirmaram que um princípio de incêndio, em uma casa em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, foi provocado pelo uso de fios da marca Luzzano, investigada pelas irregularidades.

"Nós verificamos que os fios não comportam a resistência, que está dizendo. Se você compra o fio específico para um tipo de aparelho, para um tipo de trabalho, ele vai pegar fogo e corre o risco do aparelho pegar fogo, da casa, onde quer que esteja instalado", diretor-geral do Instituto de Pesos e Medidas, Rogério Pinheiro.



Fios irregulares também foram encontrados nas instalações elétricas de creche prestes a inaugurar em Vila Velha - Foto: Reprodução/TV Gazeta
Os laudos já tinham constatado que a marca Luzzano, com sede na Serra, usava menos matéria prima para a produção dos cabos. A polícia descobriu que a empresa também usava material proibido, como fios de alumínio revestidos de cobre, e que oferece mais riscos de superaquecimento da rede elétrica.

"A fraude consistia em colocar menos cobre do que o devido. Esse novo material não tem identificação do fabricante, não tem a espessura do cabo e ele usa um material que é o alumínio, que é um material muito pior, que apresenta uma série de problemas com relação à condução elétrica. Então, ele não é permitido para instalação predial residencial ou de grande circulação de pessoas", explicou o delegado titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), Eduardo Passamani.

Além disso, a polícia fez um novo pedido de prisão preventiva contra o dono da fábrica. Ele está preso desde agosto, uma semana depois da empresa ser interditada pela Polícia Civil.

O delegado diz que há provas de que, antes da prisão, o suspeito tentou interferir nas investigações. "Enquanto a gente fazia a análise, houve uma tentativa de interferência do empresário, quando ele estava solto, tanto na investigação de 2019, que já se encontrava na justiça, quanto nesta operação".

A polícia também tenta descobrir se o dono da empresa agia sozinho ou se contava com a ajuda de outras pessoas. A suspeita é de que uma organização criminosa atuasse por trás das fraudes, desde a fabricação até a venda do material irregular.

As empreiteiras responsáveis pelas obras também serão investigadas. "A empreiteira, por conta de uma norma do Inmetro, ela teria a responsabilidade, seria a obrigação dela, ao final da instalação elétrica, fazer uma verificação de conformidade. Ela não fazendo isso ela pode ter exposto o consumidor e pode ser responsabilizada", afirmou o delegado.

O que dizem as prefeituras

A Secretaria Municipal de Saúde de Cariacica (Semus) informou que está transferindo os atendimentos da Unidade Básica de Saúde de Flexal II para uma estrutura montada na Igreja Presbiteriana do Brasil do bairro, que deve começar a funcionar na quinta-feira (18).

A Prefeitura de Cariacica também disse que os pacientes já agendados para consultas na UBS de Flexal II terão seus atendimentos remarcados para os próximos dias e serão avisados pelas equipes. Sobre os atendimentos de urgência e emergência que eram realizados no PA Flexal II, o município afirmou que eles estão sendo realizados nos PAs de Trevo de Alto Lage, Bela Vista e Nova Rosa da Penha.

Já a Prefeitura de Vila Velha afirmou que desde o final de outubro, de forma preventiva, toda a fiação da marca investigada está sendo substituída nas unidades de ensino ainda em construção

Em nota, a Prefeitura de Vitória declarou que está fazendo uma auditoria para se certificar se a empresa em questão forneceu, em algum momento, fios e cabos elétricos para o município.
 
Fonte: G1

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