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15/08/2022
Análise: Custos pressionam resultados, mas recuo da inflação anima executivos
Levantamento preliminar do Valor com 116 empresas (sem considerar Petrobras e Vale) mostra uma alta de 17% na receita agregada de vendas, tolhida pelo avanço de 20% dos custos de bens e serviços
Os executivos das empresas de capital aberto trouxeram boas notícias para os investidores sobre a inflação durante esta temporada de resultados do segundo trimestre, que termina oficialmente na segunda-feira.

Os números dos balanços vieram, como esperado, sob forte pressão dos custos. Muitas companhias tiveram dificuldade para controlar a alta de preços.

Um levantamento preliminar do Valor com 116 empresas (sem considerar Petrobras e Vale) mostra uma alta de 17% na receita agregada de vendas, um bom avanço que é tolhido pelo crescimento de 20% dos custos de bens e serviços. Com isso, o que sobra de lucro bruto desse grupo fictício cai de 30% para 28% da receita - a chamada margem bruta. As despesas operacionais também sobem, 30%, e ajudam a derrubar em 10% o lucro antes do resultado financeiro e dos tributos.

É uma fotografia do passado recente, terminado em 30 de junho, com a inflação em alta. Em julho, a deflação de 0,68% sugere que a história deste terceiro trimestre pode ser diferente.

No encontro com analistas nesta semana para comentar os resultados, Fabio Cury, presidente da construtora Cury, disse que a inflação dos insumos cedeu em relação ao primeiro trimestre e citou "preços estáveis ou em queda" de madeira, cobre, materiais hidráulicos, aço e caixilho de alumínio. Já o cimento, disse, continua "oscilado muito".

Os analistas gostaram do resultado da Cury e ações dispararam na quarta-feira. Itaú BBA, Santander e XP recomendam a compra do papel, com preços-alvos de R$ 9, R$ 13,50 e R$ 13, respectivamente. No fim da tarde de sexta-feira, a ação era negociada a R$ 8,84, queda de 1,23%. No ano, acumula alta de 35%.

Não foi o caso da MRV&Co. A inflação bateu mais forte na construtora mineira e o resultado decepcionou os analistas - e os próprios executivos. Os papéis caíram 11% na quinta-feira. Rafael Menin, copresidente, disse na teleconferência que a margem bruta da empresa foi "ridiculamente baixa". O ponto positivo ressaltado pela empresa foi a estabilidade nos preços do aço e do concreto e a redução dos preços de PVC, cobre e cabeamentos.

BofA, Bradesco BBI, BTG Pactual e Citi recomendam compra para a MRV&Co, com preços-alvos de R$ 15, R$ 17, R$ 23 e R$ 14, respectivamente. A cotação na sexta-feira pouco antes do fechamento era de R$ 10,38, alta de 2,67%. No ano, o papel cai 11%.

A rede de produtos para animais de estimação Petz também destacou a queda da inflação no encontro com analistas. "A boa notícia é que quando você olha o segundo trimestre veio desacelerando a inflação. Em abril, maio e junho, a inflação foi quase zero, então as expectativas são promissoras", disse Sergio Zimmermann, presidente da rede.

BofA, Goldman Sachs e XP recomendam a compra da ação, com preços de R$ 16, R$ 16 e R$ 18. O papel era negociado a R$ 10,97, alta de 6,81%. No ano, cai 33%.
 
Fonte: Valor Econômico

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