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PALESTRA
PALESTRA SOBRE PREVENÇÃO DE GREVE
Objetivo foi mostrar como prevenir e desmobilizar um processo de sindicalismo interno nas empresas

O SINDICEL e o SIAMFESP promoveram em parceria a palestra "Greve, como prevenir e desmobilizar um processo de sindicalismo interno". O evento, realizado em 10 de setembro de 2019, na sede do SIAMFESP, na Mooca, reuniu associados das duas Entidades e teve por objetivo ampliar a percepção dos gestores para que, conhecendo os vários tipos de greves, possam identificá-las e agir preventivamente para evitá-la.

Durante a abertura do evento o diretor Executivo do SIAMFESP, Celso David Rodrigues, explicou que as Entidades estão em processo de negociação com a FEM-CUT e com o Conlutas Intersindical, mas que o tema é importante em razão das próximas negociações que devem começar em outubro e novembro com a Força Sindical e com o CSB (Centro dos Sindicatos Brasileiros). "É mais para preparar as empresas para possíveis movimentações como as que aconteceram nos anos passado e retrasado. Como o SINDICEL é um Sindicato parceiro, decidimos fazer a reunião em conjunto."

Toni Doverson, gestor da área de RH e competitividade da mão de obra do SINDICEL, esclarece que a parceria com o SIAMFESP neste trabalho, se deu em razão de filosofias semelhantes de trabalho. "Visamos preparar os nossos associados para o novo modelo sindical que está por vir. Haverá, necessariamente, que se investir no preparo dos gestores e nas melhorias das políticas de recursos humanos das empresas em geral. "

Segundo o assessor, o SINDICEL tomou esta iniciativa porque a prevenção sempre é o melhor investimento. "O Sindicato profissional é uma realidade em nossa cultura e precisaremos aprimorar a forma de relacionamento entre as entidades profissional e patronal. A pluralidade sindical também será uma realidade no Brasil. Precisamos estar preparados para recebê-la."

A greve foi regulamentada no Brasil em 1989, explica Doverson, mas apesar disso, ainda há muitas empresas que não sabem como evitá-la. "Quando há uma paralisação na fábrica, muitas empresas não sabem como tratá-las. Portanto, todo investimento objetivando o aprimoramento das relações do trabalho para os associados SINDICEL, será priorizada!".

O palestrante, Wilson Cerqueira, começou falando sobre a pluralidade, novo modelo sindical que deverá ser apresentado, através de uma PEC, pelo governo Federal ainda este ano. Essa pluralidade deverá gerar uma concorrência entre os Sindicatos. "Quando tiver a pluralidade haverá liberdade para a criação de novos Sindicatos na mesma base sindical, diferentemente do modelo atual, que é a unicidade (um sindicato por base territorial)."

O consultor afirmou que as referências da pluralidade em outros países mostram que a liberdade sindical fortalece o associativismo e aumenta a concorrência entre as entidades sindicais, provocando um movimento de melhoria da prestação dos serviços aos seus associados. "A moeda será o associado."

Com isto, acredita o palestrante, haverá um movimento mais concentrado para o sindicalismo interno nas empresas. A quantidade de sindicatos dentro das fábricas exigirá um grande preparo dos gestores para lidar com a melhoria do clima, do relacionamento interpessoal com as equipes de trabalho e para soluções rápidas dos problemas gerados no dia-a-dia no chão de fábrica.

Na análise do consultor, não é oportuno no Brasil alterar o modelo atual para um sistema de pluralidade. "O problema é cultural e exigirá um grande esforço e preparo das empresas para se adaptarem e lidarem com o novo modelo, que exigirá a interlocução e relacionamento diário com os vários Sindicatos e poderá afastar o capital internacional do nosso país."

Ele explica que a Fiesp e os Sindicatos patronais seguem um modelo de unicidade, criado há décadas no Brasil, com base na cultura e particularidade do povo. "Se houver pluralidade e ela entrar no sistema patronal, poderá existir outra Fiesp. Cada região poderá criar uma outra estrutura patronal e isso afetará esse sistema. Não sei como vai ser elaborado o texto que vai criar a pluralidade sindical, a lei é que vai definir, mas podemos dizer que se houver este novo modelo, poderá haver dentro das fábricas, 4, 5 Sindicatos. A Convenção Coletiva ficará vazia, serão só acordos coletivos. Acho que não é conveniente."

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