12/02/2021
Fabricantes de fios e cabos elétricos seguem atuando contra irregularidades
Construtoras serão notificadas sobre produtos não-conformes, informa o Sindicel
Dando prosseguimento às suas ações contra fios e cabos elétricos fora de conformidade com as normas do Inmetro, o Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo) informou ao SindusCon-SP que deverá enviar notificação às construtoras alertando sobre a questão.
A informação foi transmitida por Enio Rodrigues, diretor executivo do Sindicel, e por Rafael Faria, coordenador de Relações Institucionais e Governamentais daquele sindicato, em reunião virtual com Renato Genioli e Yorki Estefan, vice-presidentes do SindusCon-SP, e Carlos Eduardo Monteiro, membro do CTQ, em 9 de fevereiro.
Rodrigues relatou que, das 293 marcas de fios e cabos elétricos registradas, 240 são comercializadas, mas 210 não estão conformes e somente 30 atendem às disposições do Inmetro. Segundo ele, há casos de produtos que até conseguem o Selo de Identificação de Conformidade, mas que não atendem as exigências relativas à resistência elétrica e revestimento atóxico e antichamas.
Na estimativa do Sindicel, em 2019, 30% desses produtos comercializados no Brasil estavam irregulares, no valor de R$ 1,8 bilhão do total de R$ 6,16 bilhões do faturado naquele ano. Eram 116 empresas fabricando produtos fora de conformidade técnica, enquanto as empresas com marcas licenciadas pelo Inmetro eram 156.
Por conta de ações daquele sindicato, os órgãos públicos haviam apreendido no varejo, até agosto de 2020, 60 mil rolos em 11 estados, e 49 marcas. No Estado de São Paulo, o Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) apreendeu 3.441 rolos e 34 bobinas em 102 lojas, das seguintes marcas: ATS, Techfio, Eletrorede, Reicon, Ibcon, Tradicional, Indusflex, Coopercon, Metalcap, Maxcabos, Velper, Voltflex, Condumak, Wireflex e BR.
Rodrigues ofereceu às construtoras a realização de testes gratuitos para fios e cabos de qualquer bitola. Segundo ele, basta enviar um pedaço de 2 a 3 m do produto e o teste será feito por um terceiro, para garantir isenção.
O diretor do Sindicel também recomendou consulta ao site da Qualifio (Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos) organização ligada ao Sindicel, que objetiva monitorar e identificar fabricantes e certificadoras que operam de maneira irregular no mercado, notificando as autoridades competentes. Segundo Rodrigues, a Qualifio está desenvolvendo um selo de qualidade.
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