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07/08/2023
Dois incêndios no intervalo de um dia com a mesma origem: sobrecarga de energia
Por que continuam a acontecer?
E, novamente, as mídias repercutem um incêndio de origem elétrica e, certamente, originado em instalações elétricas com fios e cabos desbitolados. Aconteceu no dia 29/07, em Recife, em um prédio de alto padrão e a repercussão é por conta de que no apartamento estava a apresentadora Maísa Silva. Felizmente, não houve vítimas, somente danos patrimoniais, mas o alerta se acende novamente: incêndio gerado por sobrecarga de energia em um prédio de alto padrão? Estranho? Nem tanto.

Corredor do apartamento onde a atriz Maísa Silva quando houve um incêndio no Recife - Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
O mercado brasileiro de fios e cabos é tão 'prostituído' que até grandes construtoras podem fazer parte de um esquema de venda defios e cabos de péssima procedência, mas 'infelizmente' certificados pelo Inmetro. E como isso pode acontecer? Simples: a empresa fabrica um fio de boa qualidade, passa pela inspeção do Inmetro, recebe o selo de qualidade e, a partir daí passa a 'misturar' o fio de cobre com outros materiais, ou usar o cabo de alumínio cobreado que, nada mais é que um cabo de alumínio com uma 'capa' de cobre.

E o que acontece com esse tal cabo desbitolado? Ele possui uma alta resistência que, em outras palavras, quer dizer que ele aquece muito mais facilmente e rapidamente quando é exigida uma demanda mais alta de energia elétrica. Imagina ligar o micro-ondas e a Air Fryer na mesma tomada ao mesmo tempo: muita energia exigida.

Se o cabo não for de qualidade, com a quantidade correta de cobre e instalado de forma certa, o fio começa a aquecer muito depressa, a partir de um certo momento a capa de plástico que o protege derrete e aí....sobrecarga, curto e incêndio, nesta sequência!

Provavelmente, foi o que aconteceu no apartamento em que a apresentadora Maísa estava, o cabo aqueceu o arcondicionado, a capa derreteu, deu curto-circuito e o aparelho começou a pegar fogo! Infelizmente, apenas um dia depois, na capital carioca, outro incêndio com as mesmas características, desta vez em um aparelho de TV, vitimou uma pessoa. O fisiculturista Hugo Sergio, de 30 anos, quando percebeu o incêndio, correu para tirar a esposa e a filha de 6 anos do imóvel. Porém, ele retornou para salvar o cachorro, mas a porta emperrou e ele aspirou muita fumaça tóxica, vindo a falecer.

A esposa e a filha foram levadas para atendimento médico e, segundo informações, a criança teve 70% do corpo queimado. São situações como essa que fazem o Sindicel, sindicato das empresas fabricantes de fios e cabos, continuar sua luta pela moralização deste mercado criminoso de fios e cabos no Brasil.

Não é possível empresas desonestas continuarem fabricando e vendendo material de péssima qualidade, colocando em risco a vida das pessoas. Pessoas que não podem nem se defender, afinal quem sabe o que pode conter dentro das paredes da sua casa?

O Sindicel tem realizado diversas ações de treinamento e conscientização por todo o país, levando informações de qualidade e demonstração de produtos certificados para as entidades fiscalizadoras nos estados. Tal ação visa qualificar ainda mais os profissionais que saem à campo para fiscalizar e apreender produtos de má qualidade.

Além disso, o Sindicel, por meio da Qualifio, entidade parceira que tem por missão buscar no mercado os fios de qualidade duvidosa, testá-los por meio de diversos ensaios e atestar - ou não - sua qualidade, faz uma varredura constante em todas as lojas que vendem materiais elétricos. Os fios e cabos ruins encontrados e testados, e as empresas que os fabricam são denunciadas ao sindicato que repassa a informação aos órgãos competentes de busca e apreensão.

Mas, o mais importante é o consumidor estar alerta para esses abusos. Ao construir ou reformar sua casa, seu comércio, sua indústria se atentem para a qualidade dos fios e cabos. Converse com o profissional responsável, questione se a marca do fio ou cabo sugerido para compra tem credibilidade. E mesmo assim, observe o fio, veja se dentro da capa protetora (aquela colorida) estão fios de cobre, raspe o fio e veja se dentro não é branco. Se for, o cabo é de alumínio cobreado, ou seja, não compre! Observe também o preço - valores muito abaixo dos praticados no mercado é motivo de grande desconfiança; veja também o peso do produto, fios e cabos com alumínio são mais leves que os de cobre. São algumas dicas para proteger você, consumidor, de comprar gato por lebre e ter em sua casa ou apartamento as tristes experiências relatadas nesta matéria. Fique de olho!
 
Fonte: Tribuna Hoje

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